terça-feira, 24 de março de 2009

Para esta semana (23 a 27/03)

Os compromissos para a semana!!!!


Para terça:
- Quem quiser participar do treinamento físico, chegar as 5 para as 18h, para a apresentação da dança Odissi pelo Thiago.
- As 18h30, primeira aula com o mesmo.

Para quarta:
- Ler o texto "Mitos, Sonhos e Religião", da xerox de Joseph Campbel.

Para quinta:
- Pesquisar: o que é corifeu?
- Levar uma notícia de jornal que possibilite vários pontos de vista diferentes
- A partir da frase "O Ator não incorpora, ele manifesta", de Amir Addad - trazer discussões/ reflexões
- Abrir o olhar no seu cotidiano, observar as "cenas de rua"



Confiram e acrescentem o que for necessário.
Beijos a todos

sexta-feira, 20 de março de 2009

Livros

Caríssimos, abaixo uma lista de livros que a Ana e o Luis indicaram. Bonus final: livros que o ALexandre Matte indicou.

Luis – Interpretação

Estudos Sobre Teatro – Brecht
Crônica de uma morte anunciada – Gabriel Garcia Marquez (não ler ainda)
O Narrador – Walter Benjamin

Literatura Latino-Americana:
Julio Cortázar
Lygia Fagundes Telles


Ana Roxo – Teoria

Aristóteles - A Arte Poética
Anatol Rosenfeld - Teatro Épico
Para trás e para frente - David Mark Ball
Teatro do Oprimido - Augusto Boal
Joseph Campbel – Mitos, sonhos e religião – ler cap. Temas mitológicos na arte...
Introdução Às Grandes Teorias do Teatro/ A Linguagem da Encenação Teatral – Jean-Jacques Roubine


Alexandre Matte

Zé - Marques, Fernando
Retrato de um Artista Quando Jovem - Joyce, James
O Mundo Como Vontade e Representação – Schopenhauer, Arthur
O Mito de Sisifo – Camus, Albert
Vigiar e Punir – Foucault
Sobre o Teatro de Marionetes – Heinrich von Kleist
O Grostesco – Kayser, Wolfgang
Tempestade e Ímpeto – Klinger
Do Grotesco e do Sublime – Victor-Hugo
O Teatro e Seu Duplo – Artaud, Antonin
Filosofia da Linguagem – Mikhail Bakhtin
O Contexto de François Rebelais
Strindberg

Pintura:
Bosch, Bruegel, James Ensor, Eduard Münch.

quinta-feira, 19 de março de 2009

escutatória

EscutatóriaPor Rubem Alves
Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar. Ninguém quer aprender a ouvir.Pensei em oferecer um curso de escutatória. Mas acho que ninguém vai se matricular. Escutar é complicado e sutil.Diz o Alberto Caeiro que "não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma". Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Aí a gente que não é cego abre os olhos. Diante de nós, fora da cabeça, nos campos e matas, estão as árvores e as flores. Ver é colocar dentro da cabeça aquilo que existe fora. O cego não vê porque as janelas dele estão fechadas. O que está fora não consegue entrar. A gente não é cego. As árvores e as flores entram. Mas - coitadinhas delas - entram e caem num mar de idéias. São misturadas nas palavras da filosofia que mora em nós. Perdem a sua simplicidade de existir. Ficam outras coisas. Então, o que vemos não são as árvores e as flores. Para se ver é preciso que a cabeça esteja vazia. Parafraseio o Alberto Caeiro: "Não é bastante ter ouvidos para se ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma". Daí a dificuldade: a gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração e precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor. No fundo somos todos iguais às duas mulheres do ônibus. Certo estava Lichtenberg - citado por Murilo Mendes: "Há quem não ouça até que lhe cortem as orelhas". Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil da nossa arrogância e vaidade: no fundo, somos os mais bonitos... Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos, estimulado pela revolução de 64. Pastor protestante (não "evangélico"), foi trabalhar num programa educacional da Igreja Presbiteriana USA, voltado para minorias. Contou-me de sua experiência com os índios. As reuniões são estranhas. Reunidos os participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio. (Os pianistas, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio, como se estivessem orando. Não rezando. Reza é falatório para não ouvir. Orando. Abrindo vazios de silêncio. Expulsando todas as idéias estranhas. Também para se tocar piano é preciso não ter filosofia nenhuma). Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio. Falar logo em seguida seria um grande desrespeito. Pois o outro falou os seus pensamentos, pensamentos que julgava essenciais. Sendo dele, os pensamentos não são meus. São-me estranhos. Comida que é preciso digerir. Digerir leva tempo. É preciso tempo para entender o que o outro falou. Se falo logo a seguir são duas as possibilidades. Primeira: "Fiquei em silêncio só por delicadeza. Na verdade, não ouvi o que você falou. Enquanto você falava eu pensava nas coisas que eu iria falar quando você terminasse sua (tola) fala. Falo como se você não tivesse falado". Segunda: "Ouvi o que você falou. Mas isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou". Em ambos os casos estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada. O longo silêncio quer dizer: "Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou". E assim vai a reunião. Há grupos religiosos cuja liturgia consiste de silêncio. Faz alguns anos passei uma semana num mosteiro na Suíça, Grand Champs. Eu e algumas outras pessoas ali estávamos para, juntos, escrever um livro. Era uma antiga fazenda. Velhas construções, não me esqueço da água no chafariz onde as pombas vinham beber. Havia uma disciplina de silêncio, não total, mas de uma fala mínima. O que me deu enorme prazer às refeições. Não tinha a obrigação de manter uma conversa com meus vizinhos de mesa. Podia comer pensando na comida. Também para comer é preciso não ter filosofia. Não ter obrigação de falar é uma felicidade. Mas logo fui informado de que parte da disciplina do mosteiro era participar da liturgia três vezes por dia: às 7 da manhã, ao meio-dia e às 6 da tarde. Estremeci de medo. Mas obedeci. O lugar sagrado era um velho celeiro, todo de madeira, teto muito alto. Escuro. Haviam aberto buracos na madeira, ali colocando vidros de várias cores. Era uma atmosfera de luz mortiça, iluminado por algumas velas sobre o altar, uma mesa simples com um ícone oriental de Cristo. Uns poucos bancos arranjados em U definiam um amplo espaço vazio, no centro, onde quem quisesse podia se assentar numa almofada, sobre um tapete. Cheguei alguns minutos antes da hora marcada. Era um grande silêncio. Muito frio, nuvens escuras cobriam o céu e corriam, levadas por um vento impetuoso que descia dos Alpes. A força do vento era tanta que o velho celeiro torcia e rangia, como se fosse um navio de madeira num mar agitado. O vento batia nas macieiras nuas do pomar e o barulho era como o de ondas que se quebram. Estranhei. Os suíços são sempre pontuais. A liturgia não começava. E ninguém tomava providências. Todos continuavam do mesmo jeito, sem nada fazer. Ninguém que se levantasse para dizer: Meus irmãos, vamos cantar o hino... Cinco minutos, dez, quinze. Só depois de vinte minutos é que eu, estúpido, percebi que tudo já se iniciara vinte minutos antes. As pessoas estavam lá para se alimentar de silêncio. E eu comecei a me alimentar de silêncio também. Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos. E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia. Eu comecei a ouvir. Fernando Pessoa conhecia a experiência, e se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras, no lugar onde não há palavras. E música, melodia que não havia e que quando ouvida nos faz chorar.A música acontece no silêncio.É preciso que todos os ruídos cessem.No silêncio, abrem-se as portas de um mundo encantado que mora em nós - como no poema de Mallarmé, A catedral submersa, que Debussy musicou. A alma é uma catedral submersa.No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos. Me veio agora a idéia de que, talvez, essa seja a essência da experiência religiosa - quando ficamos mudos, sem fala. Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia, que de tão linda nos faz chorar. Para mim Deus é isto: a beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: a beleza mora lá também. Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Aula 16/03 - Lúcia - Voz

Se eu posso dizer que a vida é feita de delícias, hoje experimentei mais uma!
Nunca havia chorado de olhos fechados.

Silêncio. Respiração em 5 tempos.

Todos deitados, um a um se levanta e conta uma his(es)tória-presente à F13.
Todos ouvem, escutam, abrem seus labirintos e emoções para o outro.

Verdades, sentimentos e sensações são colocados à prova. Devaneio, sonho e realidade se confundem - de quem é a história? Minha? Sua? Nossa?

Lágrimas, soluços, gargalhadas e até sorrisos de canto são percebidos. Estamos a flor da pele. Qualquer movimento provoca um ruído.

É bom conhecer o outro, como se expressa, que palavras escolhe, qual o seu vocabulário e se Re-conhecer no outro (será como as tragédias gregas que tratam dos sentimentos humanos e por isso são eternas?)

Registro durante o processo.

Gravação. Um a um. Problemas técnicos. Longo silêncio com murmúrios de pessoas ao longe. (Des)gravações.

Círculo. Forma homogênea.

3 palavras:
- uma para a F13
- uma para o teatro
- uma para a nossa aula

Conversas recheadas de pensamentos a respeito do vivido e desabafos.
Chegamos a conclusão (como sempre diz Alexandre Mate) que somos seres históricos e carregamos o nosso tempo e nossas vivências. Nos vimos generosos em receber e doar histórias, houve uma valorização ao lugar de origem, falamos da morte, de tristezas, de alegrias, do presente do presente, da dor, do amor, da evidência do trágico e da cumplicidade!

Lúcia deu seu retorno, um filme: "Entre Muros da Escola".

"O silêncio é preciso. Não se fala se não se escuta. O silêncio é meditativo."

quinta-feira, 12 de março de 2009

Para quem é mitico ai vai a simbologia do 13.

O número 13 está associado à lâmina do Tarot - A Morte - e é considerada uma das cartas mais intrigantes. O número 13 é negativo e fatalista para alguns; para outros, é um número de sorte. Sugere transformação, renovação e transmutação. Esta carta não significa necessariamente uma mudança negativa. Pode estar ligada a factos agradáveis: casamento, nascimento, mudança para outro país. Mas é quase sempre o fim de uma antiga forma de vida. Assim, podemos dizer que a morte é ao mesmo tempo mudança (para obter) e estabilidade. Este é um paradoxo.Na última Ceia de Cristo eram 13 convivas e entre eles Jesus que morreu na sexta-feira. Foram 12 os apóstolos e Cristo representou o 13º com a iluminação, o sacrifício e a nova consciência divina no seio da humanidade.O 13 é um número afim ao 4 (1 + 3 = 4), sendo este símbolo de próspera sorte. Assim, na Índia o 13 é um número religioso muito apreciado; os pagodes hindus apresentam normalmente 13 estátuas de Buda. Na China, os dísticos místicos dos templos são por vezes encabeçados pelo número 13. Também os mexicanos primitivos consideravam o número 13 como algo santo; adoravam, por exemplo, 13 cabras sagradas. Na civilização cristã, por exemplo, nos Estados Unidos, o número 13 goza de estima, pois 13 eram os Estados que inicialmente constituíam a Federação Norte-Americana. Além disso, o lema latino da Federação, "E pluribus unum" (de muitos se faz um só), consta de 13 letras; a águia norte-americana está revestida de 13 penas em cada asa. Para os tatuadores o número 13 é o número especial. E muitos o tatuam. A 13ª tatuagem pode ser a própria homenagem Em tempos, existia uma deusa do amor e da beleza chamada Friga (que deu origem a friadagr, sexta-feira). Quando as tribos nórdicas e alemãs se converteram ao cristianismo, a lenda transformou Friga numa bruxa exilada no alto de uma montanha. Para vingar-se, ela passou a reunir-se todas as sextas com outras onze bruxas e mais o demónio - totalizando treze - para rogar pragas sobre os humanos.
Da Escandinava a superstição espalhou-se pela Europa.No valha, a morada dos deuses, houve um banquete para o qual foram convidados doze divindades. Loki, o espírito do mal e da discórdia, apareceu sem ser chamado e desencadeou uma luta na qual morreu o favorito dos deuses. Este episódio serviu para consolidar o relato bíblico da última ceia, onde havia treze à mesa, às vésperas da morte de Cristo. Segundo os ocultistas, o 13 é um número sagrado, indicando o renascimento e a transmutação dos poderes mentais. O número 13 também é preservado nas medidas da Grande Pirâmide. Em termos astrológicos, o 13 é regido pelo signo de Escorpião, que governa os órgãos de reprodução, o nascimento, a morte e a transmutação. Não há medidas de meio-termo neste número. Existe nele um enorme potencial de realização de objetivos e, por outro lado, um potencial igualmente grande para a destruição total. Sob a regência do 13 é tudo ou nada.Na numerologia, o 13 sempre envolve mudanças constantes. Tão logo uma situação aparentar estar resolvida e calma, um novo conjunto de circunstâncias surgirá para substituir o antigo. Isto é positivo, pois faz com que reconheçamos quais são os laços realmente verdadeiros e duradouros que mantemos ao longo da vida. O 13 é a lição do desapego. Em termos práticos, na numerologia, o 13 é utilizado no sentido de transformação, ou seja, mudar aquilo que está estagnado e que precisa de uma solução proveitosa, reciclando as energias paradas há tempos.A palavra de ordem do 13 é "rei morto, rei posto", portanto ele pede que você não fique olhando para o passado, nem se lamente por ele. Não tenha medo de ser feliz. Aproveite a onda de mudança que ele proporciona em seu benefício, rumo a uma nova terra fértil e a um novo estilo de vida, melhor e mais feliz para todos nós.
Carregados de misticismo e pela força deste número, a turma 13 composta por 26 integrantes, (13+13), nesta sexta – feira 13, de lua cheia segue rumo ao excitante desconhecido.

Nana Moraes

quarta-feira, 11 de março de 2009

Avisos, Teorias, Café e Bigodes Felinos!

a f12 pediu ao Fábio (lucas) que nos avisa-se que os lugares das cartas não estão sendo cumprimento e ter que ser cumprido!





fecho meu escolástico discurso com a minah teoria sobre....





é o seguinte, a f12 fala da festa e daquilo outro e tudo mais, prometendo aventuras e mais aventuras..... mas tenho pra mim que, a f12 esse ano tem que ''caçar'' a f13! e quem caça gato é cão!

e lembrando cão que ladra, num morde!





(pausa para o café)



bjos e miados nos bigodes!



evoé!!!

Trote da F12

Galera ai vai a frase do dia 10/03:
"Nas cartas escondidas ha alguma coisa que queremos mostrar e você tem alguma coisa escondida em você para nos revelar? Traga!"

Vamos postar todas ela aqui galera...

Bjs e EVOÉ...

domingo, 8 de março de 2009

Saudações!

Saudações terraqueos!

Bem vindos ao Blog da Formação 13 da Escola Livre de Teatro!

deixe seu recado após o bip...



...píííííííí!!!!!