Menina a felciidade
É cheia de pano, é cheio de peno, é cheia de é cheia de sino, é cheia de sono
Menina a felicidade
É cheia de ano, é cheia de eno, é cheia de hino, é cheia de onu
Menina a felicidade
É cheia de an, é cheia de en, é cheia de in, é cheia de on
Menina a felicidade
É cheia de a, é cheia de é, é cheia de i, é cheia de ó
TOM ZÉ.
(Pequena homenagem à aula de hoje.)
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
sábado, 22 de agosto de 2009
Descarte!
Galera, só um texto meu que gostaria de dividir com vocês!
Beijos Enormes.
*************
Ele negou quando ela estendeu a mão aberta, palma ante o sol, para mostrar a causa do silêncio que ela insistia em estabelecer durante todos aqueles anos.
Ela, cansada, gritou pra chorar, cantou pra subir e subiu contudo, calcanhares no peito oposto.
Ele, assustado, calou. Calou de súbito, um silêncio de pressa, tanto forte quanto o silêncio dela, mas não tão dolorido e tenso.
Ela, no alto daquele peito rasgado pela verdade, que ela demorou pra encontrar e explicitar, gargalhou. Sa-pa-te-ou.
Ele, imóvel, olhos fixos no carnaval que se fazia em cima de si, perdoou. Perdoou-a.
Ela, feliz, levantou os braços e parou. Cansou.
Ele, ainda no olho dela.
Ela, agora nos olhos dele.
Ela: eu esperei, sofrendo e calando devagar, dia após dia, pra abrir agora minhas mãos diante de ti, e dizer-te “Essas cartas... Eu achei.”
Ele: eu ainda esperava, sofrendo de calar, de não dizer, acumulando pra juntar o quanto eu penso de ti ainda ter, e dizer-te “Essas cartas... todas elas... Toma. São pra ti. Você me faz escrever”.
Eles, nunca mais se descartaram.
Fábio Luca.
Beijos Enormes.
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Ele negou quando ela estendeu a mão aberta, palma ante o sol, para mostrar a causa do silêncio que ela insistia em estabelecer durante todos aqueles anos.
Ela, cansada, gritou pra chorar, cantou pra subir e subiu contudo, calcanhares no peito oposto.
Ele, assustado, calou. Calou de súbito, um silêncio de pressa, tanto forte quanto o silêncio dela, mas não tão dolorido e tenso.
Ela, no alto daquele peito rasgado pela verdade, que ela demorou pra encontrar e explicitar, gargalhou. Sa-pa-te-ou.
Ele, imóvel, olhos fixos no carnaval que se fazia em cima de si, perdoou. Perdoou-a.
Ela, feliz, levantou os braços e parou. Cansou.
Ele, ainda no olho dela.
Ela, agora nos olhos dele.
Ela: eu esperei, sofrendo e calando devagar, dia após dia, pra abrir agora minhas mãos diante de ti, e dizer-te “Essas cartas... Eu achei.”
Ele: eu ainda esperava, sofrendo de calar, de não dizer, acumulando pra juntar o quanto eu penso de ti ainda ter, e dizer-te “Essas cartas... todas elas... Toma. São pra ti. Você me faz escrever”.
Eles, nunca mais se descartaram.
Fábio Luca.
domingo, 16 de agosto de 2009
a volta
Depois de exatos 1 mes de nossa apresentação, estamos de volta.
Saudade? Não sei se pra mim é a melhor palavra pra expressar a grande expectativa que tenho para reencontrar todos, redescobrir todos e iniciarmos mais uma gestação de muitos risos, dores, âncias e anseios para este semestre.
Amanha, voltarei a fazer aqueles 20 minutos de caminhada rumo á ninhada.
Saudade? Não sei se pra mim é a melhor palavra pra expressar a grande expectativa que tenho para reencontrar todos, redescobrir todos e iniciarmos mais uma gestação de muitos risos, dores, âncias e anseios para este semestre.
Amanha, voltarei a fazer aqueles 20 minutos de caminhada rumo á ninhada.
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
instalação Dora
Dora destroi horizontes de concreto
Afaga o amigo no poema
tem a bunda grande e gostosa
tem pinta no pé (que eu amo e ja beijei)
Tem a doçura que me acalma e faz pensar
que tenho a chaga aberta e preciso de Doras na vida
Afaga o amigo no poema
tem a bunda grande e gostosa
tem pinta no pé (que eu amo e ja beijei)
Tem a doçura que me acalma e faz pensar
que tenho a chaga aberta e preciso de Doras na vida
poema do Piva
"para o Carlinhos
vou moer teu cérebro. vou retalhar tuas
coxas imberbes e brancas.
vou dilapidar a riqueza de tua
adolescência. vou queimar teus
olhos com ferro em brasa.
vou incinerar teu coração de carne &
de tuas cinzas vou fabricar a
substância enlouquecida das
cartas de amor.
(música de Bach ao fundo) "
in 20 poemas com brócoli (1981)
Roberto Piva
vou moer teu cérebro. vou retalhar tuas
coxas imberbes e brancas.
vou dilapidar a riqueza de tua
adolescência. vou queimar teus
olhos com ferro em brasa.
vou incinerar teu coração de carne &
de tuas cinzas vou fabricar a
substância enlouquecida das
cartas de amor.
(música de Bach ao fundo) "
in 20 poemas com brócoli (1981)
Roberto Piva
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