sexta-feira, 28 de maio de 2010

amélia pós-moderna

logo cedo eu desperto...
fiquei na cama com o mijo na bexiga por mais duas horas após o despertar do meu celular.( a preguiça teima em ser minha amiga)
a casa tá uma bagunça! ( pensei, e logo levantei com um gosto amargo na boca).
liguei pro meu amante: você vem pro jantar? ( ele respondeu-me que não, que iria dar um rolê - e isso já é uma prática indissociável de todas as suas práticas...)
antes que eu esqueça da casa, que tava uma bagunça, volto-me para ela e lavo louça, fogão,chão; arrumo cama e guardo os lençóis que há muito não se esquenta com o nosso amor(...)
há duas festas hoje - a minha e a dele!
e não costumamos frenquentar a festa do outro.( também não dormimos do mesmo lado da cama).
arrumo minha mochila: roupas brancas e negras, já premeditando a festa logo mais a noite.
deparo-me numa epifania trocando os cadarços do meu allstar-escuro: troquei os cadarços que eram brancos, pelos originas, que são escuros. observei-me num estado de nostalgia, molhado em lágrimas, que também molharam todo o tênis... eu saí na manhã fria de São Paulo com os pés garoados de lágrimas. mas antes, eu teria um encontro com a bela dona de Modigliani. ela não usa salto alto, adora allstar, mas quer me ver feito um cavalheiro de chapéu sobre a cabeça.

umelmo.blogspot.com

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