quarta-feira, 5 de maio de 2010

medéia é a mãe do tempo

ela vem de fora e jorra gozos de desditas,
sobre as ditas do nosso tempo
grita: tudo é lamento!
penso que tudo signifique, até o que, propositadamente, pense,
em não significar nada ou coisa nenhuma.
isso semantiza o palco no travestismo do comediante.
eu semantizo antes para siginificar agora,
e embora eu caminhe sempre por fora,
o que importa é como eu consigo o de dentro,
a minha sensação é o intento.
é como se o real fosse banal.
não sejamos especialista,
talvez, materialistas, artífices!
separemos cultura e arte,
e que a arte seja, ainda que cruel, nosso retrado fiel.
eu densifico o tempo-espaço e desafio cada segundo,
"provoco a palavra" com a vida do meu corpo-poeta.

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